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A REGENERA firmou parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com recursos do FNDCT, após SELEÇÃO PÚBLICA MCTI/FINEP/FNDCT focada em subvenção econômica à inovação – 10/2022 do Programa Mineração e Desenvolvimento.

O projeto prevê um fomento de aproximadamente R$ 2 milhões em recursos não-reembolsáveis para o desenvolvimento de tecnologia que irá promover a recuperação de metais presentes em placas de circuito impresso de computadores, utilizando microrganismos potenciais presentes no primeiro e único banco de microrganismos marinhos do país disponível para bioprospecção e desenvolvimento tecnológico, o BANCO REGENERA.

A ideação

A inspiração do projeto surgiu no compartilhamento de vivências dos colaboradores da REGENERA, na qual a Dra. Éllen Francine Rodrigues, que na época era Analista de P&D na empresa e que atualmente está atuando como pós-doutora na UNAERP, apresentou sua tese de doutorado para a equipe, intitulada “Recovery of cooper and gold from computer printed circuit boards by bioleaching with Aspergillues niger”. A tese gerou um questionamento, “os microrganismos marinhos, tão ativos e resistentes, não seriam capazes de realizar essa recuperação de metais?”. Logo, a chamada da FINEP se encaixou perfeitamente para tornar essa provocação em um projeto real, trazendo entusiasmo para toda a equipe.

Figura 01: Imagem ilustrativa do tratamento inicial realizado pela equipe REGENERA.

O projeto em parceria com a FINEP permite adquirirmos recursos para aplicação em setores que entendemos que a biotecnologia azul tem muito para contribuir, mas que sem o apoio financeiro, seria difícil tirar a ideia do papel. A
equipe está muito engajada para otimização de uma solução sustentável e vinculado à economia circular voltada para a valorização de resíduos eletrônicos como recursos minerais alternativos para uso em diferentes segmentos” destaca, Jéssica Scherer, Gerente de P&D da REGENERA.

Projeto focado em economia circular

Desta forma, o projeto visa colher recursos com eficiência por meio dessa urban mine e superar o ineficiente modelo econômico “pegar-fazer-descartar”, adotando o sistema de economia circular que visa manter o valor dos produtos pelo maior tempo possível e eliminar desperdício.

Os materiais valiosos são facilmente perdidos devido aos processos imperfeitos de separação e tratamento. Com isso, a crescente quantidade de lixo eletrônico representa uma ameaça ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que fornece uma oportunidade de negócios para a extração de matérias-primas comuns e preciosas incorporadas ao lixo eletrônico. Apenas 17% do lixo eletrônico total gerado em 2019 (53,6 Mt) foi relatado como coletado e reciclado, o que significa que outros materiais recuperáveis de alto valor, como ouro, prata, cobre e platina, avaliados em US$ 57 bilhões, foram substancialmente descartados ou queimados em vez de serem coletados para tratamento formal ou reutilização. Dos 44,3 Mt restantes de fluxos globais de lixo eletrônico não documentados, a grande maioria provavelmente é despejada, comercializada ou mesmo (parcialmente) reciclada de maneira não ambientalmente correta.

Figura 02: Microrganismo do BANCO REGENERA capaz de se desenvolver em meio de cultivo com alta concentração de metais.

Com isso, a principal inovação está em desenvolver novas tecnologias que apresentem altos percentuais de recuperação de metais a partir de resíduos eletrônicos. Vale ressaltar que o ineditismo do BANCO REGENERA permite a descoberta de microrganismos diversos com inúmeros artifícios bioquímicos que podem ser aplicados para as mais diferentes áreas, inclusive biomineração. Além disso, o projeto visa transformar resíduos eletrônicos em novos recursos minerais para a produção de materiais de interesse tecnológico de acordo com suas características intrínsecas.

Gostou da matéria abordando essa bela parceria? Então fique ligado, pois tem  muita coisa boa pela frente. Oportunidades de trabalho, divulgação de conhecimento e muito mais estão por vir!